
O Brasil ocupa posição de destaque no mercado internacional de commodities agrícolas. Nesse contexto, a região de Matopiba, formada por 73 milhões de hectares distribuídos pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, no Cerrado brasileiro, se destaca como a nova fronteira agrícola do país.
Além de despontar como região fundamental para o crescimento econômico do país por meio da agricultura, Matopiba pode se consolidar como polo para o avanço de um modelo que integre desafios ambientais e sociais à busca por produção sustentável e desenvolvimento econômico. A identificação de sistemas de produção eficientes e sustentáveis e a implementação de modelos de agricultura de baixo carbono podem fazer com que Matopiba torne-se referência para o bom desenvolvimento.
No entanto, desafios globais como as mudanças climáticas, o crescimento populacional e a demanda mundial por alimentos, impõem ao setor produtivo a necessidade por uma agricultura moderna e de baixo carbono, maiores índices de produtividade no campo e planejamento adequado para o melhor uso e ocupação da terra. No caso da cadeia produtiva de soja não é diferente. O cumprimento do Código Florestal e a adoção de boas práticas agrícolas (BPAs), associados a negócios que valorizem os ativos ambientais em propriedades rurais, tornam-se elementos estratégicos para promover a sustentabilidade e a competitividade do setor, gerando ganhos ambientais, sociais e econômicos.
O projeto Parceria para o Bom Desenvolvimento visa promover a sustentabilidade em toda a cadeia de global de suprimentos das commodities de soja, a carne e o óleo de palma, três principais impulsionadores do desmatamento nos países onde o programa atua - Brasil, Indonésia, Libéria e Paraguai, por meio da promoção do diálogo e cooperação entre setor privado, associações de produtores, órgãos governamentais e atores da sociedade civil. O programa é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility - GEF) e liderado pelo Green Commodities Programme do PNUD, em parceria com a Conservação Internacional, a Corporação Financeira Internacional (IFC), a ONU Meio Ambiente (UN Environment) e o World Wildlife Fund (WWF). A Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) são também parceiros de implementação da iniciativa no Brasil.
Nosso objetivo
Promover o estabelecimento de paisagens agrícolas sustentáveis que conciliem a produção de commodities e a conservação da natureza.
Missão
Colocar a sustentabilidade no centro da produção de commodities, por meio de uma abordagem integrada que congrega atores e ações nos âmbitos da produção, demanda e transações ao longo de toda a cadeia de suprimentos.
Visão
Criar um futuro sustentável para a produção de commodities agrícolas que equilibre demandas de uma população crescente, com responsabilidades sociais e ambientais.
Como Trabalhamos
A parceria no Brasil é uma abordagem integrada que reúne produtores, governos, ONGs e empresas na cadeia de suprimentos da soja na região do Matopiba. O projeto visa fomentar o diálogo entre tais stakeholders para promover soluções sustentáveis e mudanças duradouras no cenário de produção de alimentos no cerrado brasileiro.
Os números
Produção de soja em Matopiba
Da safra 2006/2007 para 2013/2014, a área destinada a produção de soja cresceu mais de 106%, enquanto em outros estados esse crescimento foi inferior a 50%.
- A região Matopiba possui 64,17% de vegetação nativa conservada;
- Dos remanescentes de vegetação nativa do cerrado brasileiro, 41,35% estão no Matopiba

Nossas Ações
- Identificar e divulgar os sistemas de produção mais eficientes, que aliam produção de soja com a conservação do meio ambiente, por meio do cumprimento do Código Florestal.
- Auxiliar e apoiar propriedades rurais a alcançarem um modelo produção sustentável.

Área de Atuação
O projeto, que contempla toda a região do Matopiba, desenvolverá atividades diretamente em duas áreas focais – Oeste da Bahia e Central do Tocantins, em 5 municípios por estado:
- Na Bahia: Barreiras, Luis Eduardo Magalhães, Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves e São Desidério
- Em Tocantins: Palmas, Porto Nacional, Monte do Carmo, Silvanópolis e Santa Rosa do Tocantins

Cerrado brasileiro
O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo. É o lar de inúmeras espécies endêmicas, possui 12.070 espécies catalogadas de plantas nativas, 251 espécies de mamíferos e uma rica avifauna, com 856 espécies. Espécies de peixes (800 espécies), répteis (262 espécies) e anfíbios (204 espécies) também são altas. Neste hotspot também encontram-se as nascentes de três das principais bacias hidrográficas da América do Sul (Amazonas/Tocantins, São Francisco e Prata).
NOTAS TÉCNICAS
As notas técnicas aqui apresentadas foram elaboradas pela equipe da Conservação Internacional (CI-Brasil) no âmbito do projeto Parceria para o Bom Desenvolvimento (Good Growth Partnership), a partir de estudos desenvolvidos em colaboração com instituições parceiras.
Expansão sustentável de soja no Matopiba
Alternativas para o fortalecimento da cadeia da restauração no Matopiba
Quanto vale o verde na produção de soja no Matopiba?
Incentivos à Produção de Soja Sustentável em Matopiba
Recomendações de salvaguardas socioambientais em Matopiba