[CI-Brasil na RCAW] Conservação Internacional e Grupo L’Oréal no Brasil promovem pré-lançamento do documentário “Tuíre e a Casa das Mulheres Guerreiras” durante a Rio Climate Week
agosto 29, 2025
Exibição inédita destaca a força das mulheres indígenas na conservação da natureza e o impacto de iniciativas apoiadas pelo Fundo L’Oréal para Mulheres na Amazônia.
Foto: Grupo L’Oréal / Divulgação.
Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2025 – A Conservação Internacional (CI-Brasil) e o Grupo L’Oréal no Brasil promoveram o pré-lançamento do documentário “Tuíre e a Casa das Mulheres Guerreiras”, uma produção que enaltece a luta da liderança indígena Tuíre Kayapó. A exibição fez parte da Rio Climate Action Week e foi realizada na sede da empresa, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 29 de agosto.
O evento teve como objetivo reconhecer e valorizar o protagonismo das mulheres indígenas na conservação da natureza, evidenciando seus saberes ancestrais como base essencial para soluções climáticas mais inclusivas, sustentáveis e efetivas.
Um exemplo prático desse protagonismo foi apresentado durante o encontro: a iniciativa da Casa de Costura das Mulheres Mẽbêngôkre (Kayapó), um projeto desenvolvido pela CI-Brasil, em parceria com a Associação Floresta Protegida, Instituto Kabu e Instituto Raoni, com apoio financeiro do Fundo L’Oréal para Mulheres. A ação promoveu autonomia econômica, fortalecimento comunitário e preservação cultural em territórios indígenas na Amazônia.
Sonho antigo da liderança indígena Tuíre Kayapó e a pedido das mulheres Mebêngokré, o projeto criou casas de costura. A mulheres participaram de oficinas de costura para aprender a usar o equipamento comprado pela iniciativa e conhecer técnicas de confecção. Voltado para a costura de peças de roupa para uso próprio, o projeto ajudou a diminuir a dependência econômica dessas mulheres que antes precisam comprar suas roupas fora das aldeias.
“Estes espaços acabaram virando um local de organização política das mulheres dentro das aldeias, o que fortalece uma luta de anos das mulheres Mebêngokré. Elas estão cada vez mais organizadas e assumindo a frente em iniciativas de proteção do território, resgate de saberes ancestrais e que, consequentemente, conservam a natureza”, afirma Mayara Ferreira, gerente de projetos da Conservação Internacional.
Além de valorizar essas iniciativas, o evento reforçou o papel estratégico do setor privado como aliado dos Povos Indígenas e Comunidades Locais, especialmente na promoção da equidade de gênero, da justiça climática e da geração de valor com impacto positivo na agenda ambiental global.
O ponto alto da programação foi a pré-exibição do documentário “Tuíre e a Casa das Mulheres Guerreiras”, uma produção da CI-Brasil em colaboração com o Grupo L’Oréal. O filme é uma homenagem a guerreira Tuíre Kayapó, uma das mais importantes líderes indígenas do país, reconhecida internacionalmente peladefesa da floresta e dos direitos dos povos originários. No curta, Tuíre reflete sobre a sua luta em defesa dos interesses das mulheres Kayapó.
“As minhas amigas agora vão poder lutar também. Eu vinha lutando sozinha e agora as minhas amigas também podem lutar”, afirmou em entrevista ao documentário. Em agosto de 2024, Tuíre faleceu em decorrência de um câncer. O material foi produzido no contexto de projeto realizado pela CI-Brasil, em parceria com a Associação Floresta Protegida, Instituto Kabu e Instituo Raoni, e financiado pelo Grupo L’Oréal.
“Neste documentário, ouvimos a mensagem de uma liderança inspiradora e reforçamos nosso compromisso com a promoção da equidade de gênero e da justiça climática. Apoiar essas mulheres é um passo essencial para transformar realidades e construir um futuro mais sustentável e inclusivo para todos”, destaca Helen Pedroso, diretora de Responsabilidade Corporativa e Direitos Humanos do Grupo L’Oréal no Brasil.
Criado em 2020, o Fundo L’Oréal para Mulheres é uma iniciativa global voltada ao apoio de mulheres em situação de vulnerabilidade, com foco em educação, inclusão social e combate à violência de gênero. Desde então, já impactou mais de 1,2 milhão de mulheres e meninas em todo o mundo.
Ao final do projeto, 39 casas de costura foram entregues em aldeias no Sul do Pará e Norte do Mato Grosso, 123 máquinas de costura compradas, 244 mulheres participaram das oficinas e 536 pessoas foram impactadas pelas atividades.
O lançamento do documentário ocorreu durante o evento Protagonismo feminino na floresta: As Mulheres Kayapó e os caminhos da resiliência climática.
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