[CI-Brasil na UNOC] Sociedade civil brasileira promove diálogo com comunidade oceânica global sobre oceano e clima rumo à COP30
junho 11, 2025

Nice, França, 11 de junho de 2025 – A Conservação Internacional (CI-Brasil), ao lado de diversas organizações da sociedade civil, promoveu o evento paralelo “De Nice a Belém: Sociedade civil brasileira convida comunidade oceânica global para conversar sobre oceano e clima” durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC). Realizado na Green Zone, o encontro reuniu cientistas, academia, comunidades locais, tomadores de decisão, para falar sobre oceano e clima, com foco nas negociações da COP30, que acontecerá no Brasil, em 2025.
O evento foi organizado por uma ampla rede de organizações brasileiras, incluindo o Painel Brasileiro para o Futuro do Oceano (PainelMar), Greenpeace Brasil, WWF-Brasil, Instituto Internacional Arayara, Instituto Mar Adentro, Ilhas do Rio, Maré de Ciência, Fundação Grupo Boticário, Confrem e a própria CI-Brasil. Um dos destaques foi a construção de um espaço de diálogo em língua portuguesa dentro da UNOC, garantindo acessibilidade e protagonismo para representantes dos territórios costeiros e marinhos brasileiros, em articulação com atores internacionais.
A mesa contou com a presença de Marinez Scherer, enviada especial da COP30 para os Oceanos, que reafirmou seu compromisso em receber, ao final do encontro, as propostas da sociedade civil sobre as prioridades da COP30. Entre os temas apontados estão a proteção das comunidades costeiras e extrativistas, a ampliação da participação social e a urgência da adaptação e mitigação climática, especialmente em zonas vulneráveis.
As vozes das mulheres pescadoras e das comunidades tradicionais marcaram presença ativa no debate, com representação de Cátia Barros, liderança extrativista marinha. A participação internacional também foi expressiva, com representantes como a delegada de Marrakech, envolvida nas negociações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), que abordou o papel do carbono azul no contexto do Acordo de Paris e a importância do novo Blue NDC Challenge, recém-lançado pelo Brasil.
“Conectar o oceano à agenda climática é essencial para garantir justiça ambiental e soluções que partam da experiência das práticas dos territórios e maretórios. A construção coletiva deste espaço mostra que a sociedade civil brasileira está preparada para contribuir com uma COP30 mais azul, e os representantes dos povos tradicionais possuem capacidade de protagonizar e assessorar tanto o governo quanto as organizações da sociedade civil, nas discussões emergentes, como justiça climática, valorização das mulheres e dos jovens nos processos de decisão e planejamento ambiental e socioeconômico”, afirmou Natali Piccolo, Diretora do Programa Marinho e Costeiro da Conservação Internacional.
O evento reafirmou o papel estratégico da sociedade civil brasileira como articuladora de uma COP30 conectada à realidade dos territórios e à urgência da conservação marinha como pilar de um futuro climático justo e sustentável.
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