[CI-Brasil na UNOC] Brasil reforça compromisso com a Agenda 30x30 em evento internacional sobre conservação marinha
junho 10, 2025

Conservação Internacional e parceiros promoveram evento durante a UNOC com representantes do governo e de organizações internacionais para debater a ampliação das áreas marinhas protegidas no Brasil.
Nice, França, 10 de junho de 2025 – Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC), a Conservação Internacional (CI-Brasil) realizou, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), WWF-Brasil e IUCN Brasil, o evento paralelo “30x30x30 Brasil: Acelerando Áreas Marinhas Protegidas rumo à COP30” que colocou o compromisso do país com a agenda 30x30 no centro das discussões globais sobre conservação marinha e costeira.
O evento, que aconteceu no dia 09 de junho, contou com a participação de lideranças nacionais e internacionais que estão à frente da agenda de oceano. Na abertura, destacaram-se John Kerry, enviado especial dos EUA para o clima, Ana Toni, CEO da Presidência da COP30, Ana Paula Prates, representante do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Laure Katz, da Blue Nature Alliance.
A mesa redonda reuniu nomes como Iara Vasco, diretora do Departamento de Criação e Gestão de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Carlos Santos da Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Extrativistas Costeiro-Marinhos (CONFREM) e Adriano Quintela, da Fundação Oceano Azul. O encerramento trouxe visões de Melissa Wright, chefe do Programa de Oceanos, da Bloomberg Philanthropies e da enviada especial para os Oceanos na COP30, Marina Scherer, conectando Nice a Belém rumo a uma COP30 azul.
A agenda 30x30, que busca proteger 30% dos oceanos até 2030, foi reafirmada como uma das prioridades brasileiras, especialmente no contexto da COP30. Durante a abertura, um vídeo dabióloga marinha, Sylvia Earle foi exibido, ressaltando a importância do oceano para a pauta global do clima.
Outro destaque do encontro foi a participação de Carlos Santos, da Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Extrativistas Costeiro-Marinhos (CONFREM), que reforçou a urgência de incluir as comunidades locais na definição do “o quê, onde, como e quando” das ações de conservação. Segundo ele, a efetividade e legitimidade das áreas marinhas protegidas dependem diretamente do protagonismo dos povos costeiros e tradicionais em sua gestão.
A diretora executiva da COP30, Ana Toni, fez coro à fala de Carlos Santos. Precisamos sempre lembrar que, ao proteger o oceano, ao proteger os peixes, ao proteger a zona costeira, o que estamos fazendo é trabalhar com as pessoas. O sentido do trabalho que realizamos é proteger as pessoas, todos nós, mas especialmente, aquelas que vivem nessas regiões e dependem dos recursos que esses ambientes fornecem”.
A temática está diretamente alinhada ao Programa Marinho e Costeiro da CI-Brasil, que trabalha para “apoiar a gestão efetiva de 45 milhões de hectares de áreas marinhas protegidas no país”, como explica a diretora de Conservação Marinha e Costeira da CI-Brasil, Nátali Piccolo. O evento "30x30x30 Brasil: Acelerando Áreas Marinhas Protegidas rumo à COP30", organizado pela CI-Brasil em parceria com o MMA, WWF-Brasil e IUCN Brasil, representou mais um passo na construção de soluções integradas para a biodiversidade, o clima e o bem-estar das comunidades que vivem em conexão com o mar.
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