Conservação Internacional e Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura participam de evento do MMA e MAPA sobre oportunidades de investimentos na conservação e cadeias produtivas florestais

março 21, 2025

Miguel Calmon (CI-Brasil / Coalizão) destacou o potencial da silvicultura de espécies nativas como um dos arranjos para conciliar produção sustentável e conservação e impulsionar uma nova economia florestal no Brasil. 

Miguel Calmon (CI-Brasil / Coalizão), Marina Silva (Ministério do Meio Ambiente) e Elisa Stefan (Coalizão) durante o evento. Foto: Divulgação

Brasília – DF, 21 de março de 2025 – No Dia Internacional das Florestas, a Conservação Internacional (CI-Brasil) e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura estiveram presentes no evento “Florestas de Valor – Oportunidades de Investimento na Conservação e na Cadeia Produtiva” através da participação de Miguel Calmon. O evento foi promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em Brasília, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Ministério da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) e do banco alemão KFW. 

A programação reuniu representantes do governo, setor privado e sociedade civil para debater sobre oportunidades de investimento na conservação e impulsionamento de cadeias produtivas florestais. O evento também apresentou avanços e compromisso do governo com a Agenda de Florestas e promoveu uma sessão de matchmaking, conectando projetos de uso sustentável da vegetação nativa a potenciais investidores e financiadores. 

Estavam presentes no evento, entre autoridades e especialistas, Marina Silva, ministra do MMA; Irajá Lacerda, secretário-executivo do Mapa; Moisés Savian, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Rita Mesquita, secretária de Biodiversidade do MMA; Mário Cardoso, gerente de Recursos Naturais da CNI; Garo Batmanian, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro; e Rodrigo Agostinho, presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), entre outros. 

Durante o painel “Oportunidades e Desafios da Aliança entre Produção Florestal e Conservação”, o diretor sênior de programas da CI-Brasil e co-líder da Força-Tarefa de Silvicultura de Espécies Nativas da Coalizão, Miguel Calmon, trouxe reflexões importantes sobre o papel estratégico da silvicultura de espécies nativas como uma alavanca para uma nova economia florestal. 

“A silvicultura de espécies nativas é, antes de tudo, um negócio florestal com grande potencial de retorno econômico na escala das principais cadeias produtivas no Brasil. Se o Brasil já é uma potência global no setor explorando principalmente duas espécies exóticas, imagine o que pode alcançar ao explorar a diversidade de 30 ou muito mais espécies nativas – tanto para produtos madeireiros quanto não madeireiros”, destacou Calmon. 

Ele reforçou que já existem espécies promissoras para cultivo em escala, com base no conhecimento e infraestrutura desenvolvidos pela silvicultura tradicional de eucalipto e pínus, o que torna o retorno do investimento viável e atrativo. “Se não fosse um bom negócio, não teríamos hoje compromissos de várias startups investindo milhões em projetos de restauração e silvicultura de nativas em mais de 3 milhões de hectares”, completou. 

Miguel também chamou atenção para o papel crescente do mercado de carbono como motor para impulsionar essa nova economia, e destacou a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, da qual a CI-Brasil é integrante ativa, como uma das frentes mais relevantes para articular e consolidar uma aliança entre os setores florestal e agropecuário em prol da conservação e restauração.

 

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