CI-Brasil participa de reunião que debate futuro do gerenciamento costeiro no Brasil

março 28, 2024

Rio de Janeiro, 28 de março de 2024 - Nos dias 26 e 27 de março, os principais especialistas em Gerenciamento Costeiro (GERCO) no Brasil estiveram reunidos no Rio de Janeiro para celebrar os 36 anos desta política que instrumentaliza a gestão costeira e marinha no território nacional. Com representantes de entidades governamentais, academia e da sociedade civil organizada, a Conservação Internacional fez parte do encontro que discutiu as fragilidades e as potencialidades da política a fim de visualizar cenários para atuação e melhora do processo de operacionalização do GERCO.
 
Desempenhando um papel crucial na proteção e gestão sustentável das áreas costeiras e marinhas, o GERCO visa promover o desenvolvimento socioeconômico das regiões costeiras de forma integrada e sustentável, levando em consideração tanto a perspectiva ambiental quanto as necessidades das comunidades locais e agora, mais do que nunca, a necessidade de ser contemplada uma perspectiva da adaptação climática. Como resultado da reunião, alguns pontos de melhora foram destacados, entre eles a necessidade de maior articulação entre União, Estados e Municípios; garantir estratégias de engajamento participativo de forma efetiva nas comunidades; potencializar a capacidade institucional e financeira; e aumentar a resiliência a crise climática, implementado medidas de adaptação e mitigação. 
 
"A estratégia conversa diretamente com as ações que a CI-Brasil vem desenvolvendo para promover a adoção de conceitos de Infraestrutura Verde-Cinza relacionados aos manguezais, de modo que sejam reconhecidos como infraestruturas naturais e soluções baseadas na natureza não somente no GERCO, mas em outras políticas que dialogam com o instrumento, como o Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais e o Plano Nacional do Clima", explica Natali Piccolo, diretora do programa Marinho e Costeiro da Conservação Internacional.
 
A avaliação é que a retomada das discussões sobre o GERCO vem em ótimo momento, ao passo que além de integrar as já citadas políticas públicas em construção e revisão, ele pode contribuir com o Planejamento Espacial Marinho (PEM), que está em construção, e visa mapear as áreas e atividades desenvolvidas de pesca, turismo, transporte marítimo, exploração de petróleo, bioenergia e preservação de sítios ambientais. 
 
 
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