Pesca+Sustentável é apresentado em Congresso de Áreas Marinhas Protegidas

setembro 5, 2017

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Pesca+sustentável é apresentado em ?Congresso Internacional de Áreas Protegidas Marinhas



Cerca de mil pesquisadores, ambientalistas e representantes de governo de 80 países estão reunidos de 4 a 8 de setembro, no Chile, no Congresso Internacional de Áreas Protegidas Marinhas (IMPAC4). Realizado em La Serena-Coquimbo, na costa do Pacífico, o encontro teve a participação da Conservação Internacional (CI-Brasil) e membros do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), do WWF Brasil e do Ministério do Meio Ambiente.

No simpósio "Áreas Marinhas Protegidas de uso sustentável como oportunidade de aliar conservação, pescaria sustentável e desenvolvimento comunitário"" organizado pela Conservação Internacional, Guilherme Dutra, Diretor de Estratégia Costeiro e Marinho da CI-Brasil, apresentou o Programa Pesca + Sustentável, iniciativa de gestão de pesca em áreas protegidas marinhas.

"Hoje a pesca é considerada uma ameaça em grande parte do planeta e sabemos que sua recuperação é fundamental para o futuro dos oceanos. O trabalho conjunto de pescadores tradicionais, ambientalistas e pesquisadores, tem demonstrado que essa recuperação é possível em várias Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas do Brasil", explica Guilherme.

Na roda de conversa, Claudio Maretti, do ICMBio, destacou a importância de fomentar o bom uso de áreas protegidas como as reservas extrativistas. 

"As reservas extrativistas são uma forma inovadora de conceber e gerir áreas protegidas e, ao mesmo tempo, baseada em antigas tradições de como se organizar como comunidades e usar de forma sustentável os recursos".

As ameaças aos oceanos são muitas. Poluição, mudança do clima que causa acidificação das águas, pesca ilegal e excessiva são alguns dos riscos à vida nos ecossistemas marinhos.  

Carlos Alberto Pinto dos Santos, Coordenador Nacional da CONFREM (Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas), acredita que o envolvimento da sociedade é fundamental para expandir o percentual de áreas protegidas no Brasil. 

"Acreditamos que, conjuntamente, movimentos e ONGs podem dar um rumo e forçar uma mudança de postura que leve ao governo a reconhecer e valorizar esses espaços na implementação e na criação de novas Áreas Marinhas Protegidas. É fundamental que não falemos mais entre nós e nem somente para nós, precisamos fazer um esforço para trazer apoiadores e a sociedade para atuarem juntos conosco", completa.

No Congresso ainda será apresentada a Iniciativa Azul, mecanismo de apoio  à implementação de medidas de conservação da biodiversidade nas áreas costeiras e marinhas brasileiras. Contribuir para o alcance das metas estabelecidas para o alcance das metas estabelecidas pelos países signatários da Convenção da Diversidade Biológica das Nações Unidas, que será realizada ?em 2020.

A proposta é inovadora pois com diversas parcerias está previsto um investimento de US$140 milhões até 2022 que contribuirão para a restauração de espécies ameaçadas, a recuperação de estoques pesqueiros, promoção de boas práticas no desenvolvimento do turismo sustentável e pescarias de pequena escala, e contribuindo para a integração nas estratégias de mitigação de mudanças climáticas.?

 

Contatos para imprensa

Inaê Brandão – Coordenadora de Comunicação
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