90% da alimentação humana depende de solos férteis. Porém, a cada ano estima-se que perdemos 24 bilhões de toneladas de solos férteis.

O solo é a base de nossa alimentação. Nele se concentram as atividades de agricultura, pecuária, extrativismo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, existem cerca de 800 milhões de pessoas com fome no mundo, e estima-se que até 2050 a quantidade de solos férteis irá cair pela metade.

Cerca de 30% dos solos do mundo estão degradados. E apenas 11% dos solos no mundo estão adequados à produção de alimentos.

O desmatamento, as queimadas, a contaminação por agrotóxicos, lixo e resíduos industriais são alguns fatores que contribuem para a degradação dos solos. O desmatamento deixa as camadas mais externas do solo desprotegidas, e causam as erosões, que possuem consequências como os deslizamentos e a improdutividade da terra. Os agrotóxicos, por sua vez, contaminam não apenas os solos, mas podem contaminar os lençóis freáticos, comprometendo a qualidade da água.

Os solos ajudam a controlar a emissão de gases estufa. Pois eles estocam mais de 4 trilhões de toneladas de carbono.

Além de sua função na produção de alimentos, os solos também ajudam a melhorar a qualidade do ar que respiramos, pois eles estocam dez vezes mais gás carbônico do que as árvores. Nas áreas urbanas, a cobertura dos solos por concreto e asfalto também aumenta o calor e a poluição. Por sua importância, a Organização das Nações Unidas definiu 2015 como o Ano Internacional do Solo, e ao longo deste ano diversas ações estão sendo propostas para melhorar a saúde dos solos do mundo inteiro.