Andrea Jakobsson Estúdio lança livro Tâpui ñyata: a voz da natureza

Imagine se um dia a Mãe Natureza pudesse falar por meio das pessoas e finalmente encontrasse um canal para demonstrar sua preocupação com os destinos do Planeta. Em Tâpui ñyata: a voz da natureza, Rodrigo Medeiros e João Alegria transformam o sonho em realidade com Clara, uma jovem deficiente auditiva que, sem saber muito bem como, ganha a missão de escutar as vozes da Natureza e despertar os jovens para defendê-la. O pano de fundo é a Floresta da Tijuca, que envolve e faz do Rio de Janeiro uma cidade única no mundo. Um livro para adolescentes de até 90 anos, capaz de despertar o sentimento de que ainda é possível fazer a Humanidade mudar de rumo. A edição foi realizada com o patrocínio da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Cultura e BTG Pactual, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS.

"O livro nasceu do desejo de falar sobre esse afastamento que crianças e adolescentes, que crescem no meio urbano, têm da natureza, e de como esse afastamento não é uma escolha deles, mas sim dos seus pais”, conta Rodrigo Medeiros, biólogo e doutor em Ecologia e Biodiversidade pelo Museu Nacional de História Natural de Paris, cuja trajetória durante bastante tempo se confundiu com a da Conservação Internacional Brasil. Tâpui ñyata: a voz da natureza é inspirado na campanha “A natureza está falando”, da Conservação Internacional.

 O drama de Clara – sua deficiência auditiva na qual às vezes ela se refugia da realidade e que às vezes gera estranhamento por parte de alguns colegas – passa pela amizade com um bem-te-vi, ave comum na América do Sul, e que acaba se revelando um mensageiro da Mãe Natureza. Com Bemtê, como carinhosamente passa a chamá-lo, Clara consegue sair do labirinto em que se meteu com seu grupo, o ‘Migxs Sem Noção’, durante uma excursão escolar pela Floresta da Tijuca. E é assim que ela descobre a chave para cumprir seu destino. Nesse livro, que traz ainda belas ilustrações de Fernanda Mello, estão o bullying, a amizade verdadeira, a exposição inocente nas redes sociais, o amor e, principalmente, a esperança de que o Mundo desperte a tempo de reverter as mudanças climáticas que parecem irreversíveis.